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ANÁLISE DE VESTÍGIOS BIOLÓGICOS

A análise de vestígios biológicos tem se tornado uma técnica indispensável para elucidar episódios de crimes contra a vida. Tal importância está relacionada à revolução causada pela descoberta do DNA (ácido desoxirribonucleico) para as questões forenses, uma vez que, assim como as impressões digitais, ele é único para cada pessoa.

 

É interessante ressaltar ainda que é através do DNA de nossos pais que herdamos as nossas características genéticas, tais como: a cor da pele, dos olhos e dos cabelos e das demais caraterísticas filogenéticas.

 

As vantagens da análise do DNA sobre os métodos convencionais de identificação, referem-se a sua estabilidade química (já que o DNA permanece estável por longos períodos de tempo) e pela sua ocorrência em todas as células nucleadas do organismo humano – ou seja, qualquer tipo de tecido ou fluido corporal pode ser fonte de material genético (DNA).

Nas cenas de crimes, as amostras, fontes de DNA, que podem ser encontradas são: sangue, sêmen, saliva, cabelos, urina, fezes, pele, unha, suor e qualquer outro material biológico.

Além das questões criminais, o DNA pode ser usado ainda na esfera civil – para apuração de paternidade, por exemplo.

Assim, o DNA pode ser utilizado na identificação de suspeitos em casos de crimes sexuais, identificação de cadáveres (carbonizados, em estágio avançado de decomposição ou mutilados), da relação entre instrumento lesivo e a vítima, estudo de vínculo genético (para apuração, por exemplo, de raptos, sequestros, tráfico de menores e anulação de registro civil de nascimento).

Outro aspecto de importância forense para análise dos vestígios biológicos se refere ao estado e ao tipo de amostra que é encontrada no local do delito. 

 

Quando há a presença de sangue, muitas vezes, é possível determinar o material usado para realizar o ferimento, a gravidade desse ferimento (qual foi o golpe fatal, quando houver, por exemplo), além de possibilitar a “recriação” aproximada dos eventos que culminaram no delito. Todavia, há casos em que existe a presença de sangue, mas este não é imediatamente visível – seja pelas condições do ambiente ou pela tentativa de encobrir as evidencias (limpando a cena do crime). Quando isso ocorre, os peritos têm a sua disposição alguns reagentes que “revelam” a presença de sangue e outros fluidos corporais.

Nos dias atuais, o luminol (ou 5-amino-2,3-di-hidro-1,4-ftalazinadiona) é o mais conhecido e mais sensível reagente para verificação da presença de sangue. O exame consiste na aplicação desse reagente no local suspeito de conter vestígios de sangue, tal que o teste quando positivo contribui para ocorrência de uma reação quimiluminescente.

 

Esse reagente é amplamente utilizado no trabalho forense devido à sua alta sensibilidade de reação, detectando a presença de sangue mesmo depois de mais de seis anos da ocorrência, além da vantagem da reação química não afetar as estruturas do DNA. Todavia, uma desvantagem do luminol é que sua reação é possível com muitos íons metálicos, dando o falso-positivo para o sangue – quando isso ocorre, é necessária a realização de outros testes para a confirmação.

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